Vou Te Amar Para Sempre! Capítulo 32

Nos beijamos lentamente, eu sentia tanta falta dele,mas ao mesmo tempo um filme passa na minha cabeça, tudo que eu passei, que eu sofri, fui tentar me afastar, mas seus braços me apertaram num abraço apertado.
Karina: amores, venham comer, opa...- ela para e sorri enquanto nos afastamos sem graça - desculpem eu não queria atrapalhar.
Manu: não Kah, vc não atrapalhou nada, licença - saio correndo pra dentro de casa mas antes de chegar na escada eu sinto uma tontura forte e caio no chão, o Paulo vem correndo até mim.
Paulo: filha o que ouve? Voce tá bem? - ele me segura e me sacode um pouco e grita - Karina, Lucas venham aqui?
Ele entram e correm ao me ver no chão.
Karina: filha você tá bem?
Lucas: amor o que você tá sentindo? - pergunta preocupado, quase em pânico.
Manu: eu to bem, so senti uma tontura, minha visão ficou escura - digo tentando me recompor.
Lucas: vem cá vou te levar pro quarto - ele me levanta e me pega no colo, antes que eu proteste e me leva pro quarto e me deita na cama.
Karina: filha toma um pouquinho de agua - ela me ajuda a tomar um golinho de agua - isso, calma que já vai passar.
Manu: Obrigada, ja está passando - respiro fundo e de repente me sinto fraca.
Karina: com certeza foi fraqueza e a pressão que caiu, acho melhor chamar-mos o Dr. Fernando pra vê-la.
Manu: não, não precisa....
Paulo: precisa sim, eu vou buscar ele agora msm, já volto - ele sai então pela porta.
Karina: eu vou trazer seu jantar aqui filha, não demoro - e sai tbm, e eu fico me perguntando se ela usou esse motivo pra me deixar sozinha com o Lucas. Mas ele não disse nada por longos minutos, só ficou ali sentado do meu lado segurando minha mão, até que eu viro o rosto e o vejo chorando em silêncio, meu coração se aperta.
Manu: Lucas, por que tá chorando?
Lucas: por que eu sei que eu sou culpado por você ta assim, se eu pudesse voltar atrás eu jamais faria td aquilo de novo - chora
Manu: você fez as suas escolhas Lucas, não da mais pra voltar, mas agora que você tocou nesse assunto eu quero sinceramente que você me diga a verdade, por que você me traía? Que mal eu fiz pra você me trocar por várias mulheres? Eu não fui boa o bastante pra você? Eu quero, eu preciso saber Lucas - sinto meus olhos queimarem a cada pergunta, mas me mantenho firme e aguardo.
Lucas: Manu, eu sempre amei você, desde a primeira vez que a gente se esbarrou naquele bar, eu nunca deixei de te amar, acredite!
Depois de um tempo que a gente se casou e eu passei cada vez mais tempo fora de casa, eu passei a me sentir sozinho, vazio, era estranho, nada me animava, nem minhas fãs, até que um dia depois de um show uma moça entrou no camarim pra tirar foto, ela era parecida com você e começamos a conversar e qdo me dei por mim eu já estava desabafando com ela e por incrível que pareça ela me entendia, acabei convidando ela pra jantar, conversamos, rimos, fazia tempo que eu ñ ria, até que eu comecei a beber sem parar, sai do restaurante amparado por ela, e ela disse q ia me levar até meu hotel, ela me amparou até meu quarto e lá começou a me beijar, e eu acabei cedendo e dormi com ela, no dia seguinte eu queria morrer, arrumei minhas coisas e sai do quarto antes dela acordar, depois daquele dia eu passei a beber cada vez mais, e acabava sendo alvo fácil de mulheres, nunca sai com nenhuma delas são, era sempre bêbado, e essa foi minha sina por muito tempo, até que encontrei um psiquiatra primo de um amigo num churrasco, e me abri com ele, eu ñ aguentava mais passar por aquilo tudo, e ele me disse com td ctz, que eu estava com depressão, e disse q meu comportamento era de quem estava buscando uma cura pra aquilo, ele me pediu pra ir até seu consultório, que ele iria me ajudar, mas ai qdo cheguei em casa, no dia que pretendia te contar td, vc tinha ido embora e me vi perdido, e qdo descobri que você tava doente e o culpado era eu...- ele parou e começou a chorar ainda mais, enquanto eu tinha meu rosto banhado em lágrimas - eu soube que aquilo era o meu castigo, a minha condenação no juízo final, eu entrei na capela do hospital e decidi acabar com a minha vida aquele dia, mas o Dr. Erick me encontrou lá e disse que me matar ñ ia salva-la, que era pra mim ser forte, enfrentar essa depressão e poder te ajudar a enfrentar essa doença e desde daquele dia eu venho tomando remédio e fazendo terapia com um psicólogo amigo dele - ele então abriu a gaveta no criado mudo e tirou umas caixinhas de remédio chamada Citalopram - é isso que eu tomo.
Olhei as caixinhas ainda tentanto assimilar tudo aquilo, era estranho, minha cabeça começou a girar denovo e eu fechei os olhos com força e ele percebendo me fez deitar e me deu mais água, e de repente escutamos barulho lá embaixo.
Lucas: deve ser o médico - diz passando a mão no rosto e eu faço o msm, eliminando as lágrimas.
Karina: os doutores chegaram Manu - sorrio pra mim, e eu vejo dois médicos entrarem, um deles comprimenta o Lucas calorosamente.
Karina: esses são o doutor Fernando que você já conhece e o doutor Erick.
Manu: muito prazer.
O Dr. Fernando abre a maleta e tira alguns aparelhos, ele afere minha pressão.
Dr. Fernando: a pressão está bem baixa, esta se alimentando bem mocinha?
Manu: estou sim, melhor que antes.
Dr. Fernando: teve algum stress repentino? Algum choque? Fez algum esforço físico?
Manu: mais ou menos, corri pra dentro de casa e senti a tontura.
Dr. Fernando: ah entao foi isso, não se preocupe, isso é normal, até dias atras vc estava fraca e ainda ñ está acostumada a esforços, mas eu indico a vc estar se esforçando sim, fazendo uma caminhada pela manhã, isso vai te deixar melhor, até durante o tratamento, e falando no tratamento, eu trouxe o Dr. Erick pra ir te preparando psicólogicamente para o tratamento, ele é psiquiatra.
Dr. Erick: fico feliz em ajudar a esposa do meu paciente preferido - sorri alegremente pra mim e vira para o Lucas - vc ñ exagerou qdo disse que ela era linda Lucas.
Vejo o Lucas sorrir para ele, então eles falaram de mim.
Dr. Fernando: bom vamos deixar o Doutor falar com ela um instante - sorri para nos e tds começam a sair.
Dr Erick: ah Lucas eu preferia q vc ficasse.
Lucas: ah td bem - ele volta e fecha a porta.
Dr. Erick: bom, vamos lá, Lucas vc disse a ela?
Lucas: contei td agora a pouco doutor - diz cabisbaixo
Dr. Erick: não precisa ficar assim, vc deve falar do seu problema com a cabeça erguida, muitos fazem o que vc fez por pura diversão, vc só fez pq estava doente - diz sério depois se vira pra mim e sorri - Manu, como eu disse vim te preparar para o tratamento, a quimioterapia não é nada agradável,  existem efeitos colaterais, mas creio q para as mulheres a pior delas é a questão do cabelo, seu cabelo vai cair sim, e foi por isso q eu pedi pra vc ficar aqui Lucas, nessa fase ela vai precisar mto de vc, a auto estima dela será abalada e é vc quem terá que colocar ela pra cima. Trata-lá com atenção e carinho é fundamental nessa fase, e uma coisa que ajuda muito é o sexo - diz naturalmente e eu fico vermelha - não precisa se envergonhar Manu, as relações sexuais para as mulheres são as formas mais fortes de amor que existem e isso vai fazê-lá se sentir amada, entendeu?
Lucas: claro q sim.
Dr. Erick: ótimo, qualquer dúvida é só me procurarem ok - se levanta e me estende a mão e eu a seguro.
Manu: obrigada doutor.
Lucas: obrigado doutor.
Dr. Erick: magina, até sexta feira - ele sai e o Lucas me olha.
Lucas: tenho consulta de rotina com ele na sexta.
Manu: hum - só consigo dizer isso, eu ainda estava envergonhada com td aquele papo de sexo e ñ consegui encara-lo, mas sinto qdo sua mão pega na minha.
Lucas: espero q algum dia vc possa me perdoar, eu te amo tanto - diz baixinho e sinto um no na garganta.
Manu: eu também te amo.

Mores pra compensar tanto tempo sem postar aqui está um capítulo bem grande, espero que gostem, beijos e até o próximo capítulo